Meu nome é Edinilse Sousa, e minha história com o crochê começou em 2012, quando engravidei da minha filha, a Elo.

Como muitas mães, eu queria criar algo especial para ela – sapatinhos, gorrinhos e até um vestido. Só tinha um problema: eu nunca tinha feito nada de crochê antes.

O máximo que eu sabia era fazer umas correntinhas, mas isso não me impediu de tentar. Eu fui assistindo a uns vídeos no YouTube, praticando cada ponto sempre que tinha um tempinho e minha primeira peça foi um vestidinho.

Quando terminei, fiquei tão orgulhosa de ver o resultado, só tinha um problema: não serviu. Fiz pequeno demais.

Mesmo assim, eu fui me apaixonando pelo processo. Fazer crochê não era só sobre criar peças com as mãos, mas sobre o que isso fazia comigo.

Me dava calma, confiança, e era um tempo só meu, onde minha criatividade podia fluir.

Foi então que comecei a explorar novas ideias e me encantei pelos gorros personalizados. Decidi transformar essa paixão em uma oportunidade e comecei a divulgar meu trabalho em grupos no Facebook, aproveitando o clima frio de Curitiba, que aumentava a procura por esses itens.

A primeira venda aconteceu mais ou menos um ano depois de eu ter começado a crochetar, e foi um momento marcante. A partir daí, as encomendas começaram a crescer rapidamente. Na época, eu vendia cada gorrinho por R$ 35,00, e os pedidos não paravam de chegar.

Mas com o aumento das encomendas, percebi que precisava de ajuda. Pedi para minha cunhada me ajudar, mesmo sem ela saber fazer crochê, e a ensinei tudo que sabia. Depois, minha sogra pediu para aprender também, e assim comecei a ensinar. Sem perceber, estava descobrindo uma nova paixão: ensinar crochê.

Em 2016, criei meu canal no YouTube para compartilhar o que sabia. Comecei ensinando cestinhos e bolsas de fio de malha, e aos poucos, meu canal foi crescendo.

Só que, mesmo com as vendas, os gorros não davam tanto retorno financeiro. Era muito trabalho para pouco lucro, e nossa situação em casa estava ficando difícil. Eu e meu marido passamos por uma fase delicada. Tudo era contado e, muitas vezes, não conseguimos pagar todas as contas.

Foi uma fase muito difícil onde tudo que eu queria era vender uma peça pra poder pagar uma conta atrasada aqui, outra ali…   Tudo parecia travado.

Lembro que meu sonho era ter uma coleção de agulhas e uma parede cheia de fios – só que, naquela época, isso parecia tão distante.

Faltava o produto certo e a técnica de vendas adequada para transformar meu hobby em uma profissão de verdade

Em 2017, depois de muito trabalho, esforço e pesquisa, eu percebi que dentro do universo da moda artesanal, as Bolsas de Crochê Moderno eram um dos produtos mais rentáveis, e foi aí que tudo mudou pra mim…

Foi impressionante, quando eu comecei a focar nas bolsas de crochê e postar elas com mais frequência no meu instagram, mensagens como essa começaram a virar rotina 👇